Mostrar mensagens com a etiqueta Camões em Macau. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Camões em Macau. Mostrar todas as mensagens

2023/12/10

1564-2024, 460 anos de Luís de Camões na Ásia

 

Imagem-cartaz extraído do site da RCnA&A onde se divulga o Congresso do Meio Milénio


Spencer Low, de origem canadiana, ao estudar e trabalhar em variadas latitudes do planeta, especialmente na Ásia, apercebeu-se do histórico contacto da língua e da cultura portuguesas com outras culturas, tendo ocorrido influências mútuas. O seu blog The Portuguese in Asia: five hundread years of influence "procura explorar a presença portuguesa na Ásia que começou há mais de 500 anos". Ver também no Facebook a página homónima do mesmo autor.

Num seu recente post intitulado "Luís de Camões in Asia", para além de traçar o percurso do Poeta como soldado e escritor na Ásia, Spencer Low explicita o programa das celebrações do meio milénio do nascimento de Camões, as quais terão início em 2024. Em Macau, nos dias 24 (em Macau) e 25 (virtual) desse ano, será realizado o Congresso do Meio Milénio do nascimento de Camões, organizado pela Rede Camões na Ásia & África (RCnA&A).

Então, tendo como fonte a referida RCnA&A, Spencer Low destaca que 2024 também será um ano "comemorado como o 460º aniversário da estadia de Camões em Macau". É esse tema que nos interessa e que visamos destacar, pois nunca foi referido alhures. Que novidades ou sistematizações nos trará a efeméride? É bom lembrar que o principal ensaísta e historiador da estadia de Camões em Macau e na Ásia é Eduardo Ribeiro, autor de Camões em Macau: uma verdade historiográfica, 2.ª ed., “revista e atualizada”, Lisboa: Mythus de Er, 2020 (1.ª ed., Lisboa: Labirinto de Letras, 2012); Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa, 2018 (1.ª ed., Lisboa: Labirinto de Letras, 2012) e Camões in Asia (1553-1570), Lisboa: Centro Científico e Cultural de Macau, 2016.


Cabeçalho identificador do blogue de Spencer Low





Spencer Low apresenta ainda, no post dedicado a Camões, 
um vídeo em cantonês, com legendas em inglês, onde se mostra 
o Jardim de Luís de Camões em Macau (clicar no título).
O vídeo é extraído do canal do Youtube da  MYMacao TV.



2023/10/15

A romagem anual à Gruta de Camões, em Macau



Romagem camoniana em 10 de junho de 2023

A romagem anual à Gruta de Camões

Desde 1923, terá tido início a romagem cívica e cultural anual à Gruta de Camões, mobilizando as escolas e os representantes da comunidade portuguesa e chinesa. Foi instituída pelo governador Rodrigo José Rodrigues (1879-1963), mobilizando as escolas e os representantes das comunidades portuguesa e chinesa.


"A tradicional romagem à Gruta de Camões é uma interessante característica da vida cultural, educacional e social de Macau, instituída pelo governador Rodrigo José Rodrigues em 1923.

O Padre Manuel Teixeira refere que a 
“iniciativa partiu dum patriota exaltado e fervoroso cultor de Camões, o Governador Rodrigo José Rodrigues, que logo no primeiro ano da sua chegada a Macau convidou as escolas e as forças armadas para irem à gruta homenagear o épico. E, caso único na história destas romarias, foi ele que enalteceu o vulto imortal do poeta e a sua emoção foi tão profunda que desatou a chorar, tendo de interromper o discurso”. [Fonte: xx]

[...] Desde então a romagem à Gruta de Camões ficou institucionalizada ao mesmo tempo que se legitimou a presença histórica de Luís de Camões em Macau. Camões esteve em Macau, sem dúvida, e o recente livro de Eduardo Ribeiro vem reforçar essa tese, aduzindo uma argumentação tão inteligente quanto historicamente segura. Gostaria de evocar a romagem à Gruta de Camões realizada no ano de 1937.

O governador Artur Tamagnini Barbosa cometeu a António Maria da Silva, Chefe da Repartição Técnica do Expediente Sínico, a tarefa de proferir uma conferência sobre a vida e a obra de Luís de Camões, no dia 10 de Junho de 1937, no cenário bucólico da Gruta, perante a mocidade escolar, o professorado, os convidados e as autoridades da Província.

António Maria da Silva evoca a constelação de valores do seu tempo: 
“Graças a Deus, Portugal vai regressando ao seu antigo apogeu, desde que passou novamente a tomar como lema da sua nacionalidade a Fé e o Patriotismo, a Religião e a Pátria. Devemos incontestavelmente este nosso regresso à Fé e ao Amor de Deus ao facto de sermos guiados por esse homem extraordinário que se chama António de Oliveira Salazar, português de raça e católico de alma e coração. Camões nunca separou a sua Pátria do seu Deus; Camões nunca imaginou que Portugal pudesse ser grande, sem o auxílio do Alto”. [Fonte: xx] 
António Maria da Silva será, bastantes anos volvidos, deputado na V legislatura da Assembleia Nacional, em Lisboa. Essa interessante conferência é publicada nas línguas portuguesa e chinesa, em 1937, com o insólito título de Sumário dos Luziadas. A versão chinesa foi revista por Chu-Pui-Chi, letrado da Repartição Técnica do Expediente Sínico*.

António Aresta, in Jornal Tribuna de Macau, n.º 3771, 9.6.2011
(excertos do artigo)




Sumário dos Luziadas: 
ampliação do discurso proferido no dia 10 de junho de 1937, 
no jardim da gruta de Camões em Macau.
por António Maria da Silva 
[então “Chefe da Repartição Técnica do Expediente Sínico”]. 
– Edição bilingue, em chinês e em português, 
Macau: Imprensa Nacional. – 68 p. 










Rodrigo José Rodrigues (28.03.1879 - 18.01.1963)
Foi um médico militar e político português.

Foi capitão-médico do Exército do Ultramar, com comissões em Cabo Verde (1903) e na Índia (1904-1910); reitor do Liceu de Goa; ministro do interior (1913-1914); governador civil dos distritos de Aveiro e do Porto; deputado (1913; 1918-1922), vogal do Conselho Colonial; governador de Macau (1922-1924) e adido da legação de Portugal na Sociedade das Nações (1924-1927).





  1. Coroas de flores das entidades que coorganizaram a romagem camoniana, em 10 JUN 2023 (fotografia na página do IIM no Facebook).
  2. Jovens da Escola Portuguesa de Macau e outros visitantes na gruta de Camões, 10 JUN 2023 (fotografia na página do IIM no Facebook).
  3. Grupo em romagem, em 1925 (fotografia in Macau antigo, de João Botas).
  4. Turistas chineses na gruta de Camões, nas década de 1910/20 (fotografia in Macau antigo, de João Botas).
  5. Turistas ocidentais na gruta de Camões nas década de 1930/40 (fotografia in Macau antigo, de João Botas).




2023/02/17

Macau e a gruta de Camões, por Camilo Pessanha

 


O Jardim Luís de Camões em Macau, China.

Um vídeo - no Facebook -  que participou no concurso "Falar Macau, falar português",
organizado pelo IPOR - Instituto Português do Oriente em 2019. 


A Gruta de Camões no Jardim

Imagem atual, com o investigador Eduardo Ribeiro
Fonte: página do Autor no Facebook







Macau e a gruta de Camões

por Camilo Pessanha


Dos templos profanos portugueses dedicados ao culto da Pátria e ao culto do génio é sem dúvida um dos mais venerados o modesto jardim de Macau, chamado a Gruta de Camões. Nenhum português absolutamente, nenhum estrangeiro de mediana instrução vem a Macau, mesmo de passagem, cujo primeiro cuidado não seja o de irem em romagem a esse recinto sobre cujo solo é tradição que poisaram os pés do poeta máximo de Portugal – um dos máximos poetas de todo o mundo e de todos os tempos –[,] enquanto o seu génio elaborava algumas das estrofes de bronze dos Lusíadas. E a nenhuma deixa de invadir, apenas transposto o vulgaríssimo portal de quintalejo suburbano, que dá acesso ao local, um sentimento dominador de religiosidade, a todos impondo silêncio, como se do lado de dentro das duas insignificantes umbreiras de granito estivesse aquela tela que existiu à entrada da cartuxa do Bussaco, onde a pintura macerada de um frade fitava imperativa, com o seu olhar imóvel, os que se aproximavam, erguendo verticalmente diante da boca o indicador da mão direita.

Tem-se debatido desde há anos a questão de se Camões residiu ou não em Macau, se esteve ou não preso no tronco da cidade, se aqui desempenhou ou pode ter desempenhado as apagadas funções de provedor dos defuntos e ausentes. A polémica há de decerto renascer mais animada algum dia; e provável é que o problema venha a decidir-se finalmente pela negativa.

É a sorte de todas as tradições consagradas. A crítica histórica, a história-ciência, positiva e experimental, vem fazendo tábua rasa de quando é anedótico e pessoal, das atitudes esculturais, dos gestos dramáticos, das frases eloquentemente concisas, em que tradições, lentamente evoluídas, haviam definido, em termos quási sempre de inexcedível beleza, um carácter, um acontecimento ou uma época. Para só me referir à história literária, basta lembrar que, demonstradamente, Homero nunca existiu; e que, quanto a Shakespeare, se é, ao que suponho, incontestado ter havido no século XVI a XVII um actor inglês desse nome, não falta já quem lhe negue a autoria de todas e cada uma das tragédias que o mesmo nome imortalizaram e para apreciação de cujo valor não se encontra termo de comparação mesmo nas supremas criações do teatro grego clássico.

Mas discussões são essas de carácter puramente académico, só interessando à investigação erudita. Se as tradições estão bem arraigadas e vivas, não será a demonstração de sua inexatidão histórica que as poderá destruir. É que não foi nas dissertações dos sábios que elas germinaram e medraram, nem é delas, mas do sentimento popular, que tiram a seiva. A Ilíada e a Odisseia hão de chamar-se sempre os poemas homéricos; e quando os infatigáveis sapadores que são os historiadores modernos chegarem à conclusão documentada de que Shakespeare não existiu, ou de que não sabia escrever, nem por isso a série de assombrosas figuras animadas que, no Hamlet, no Macbeth, no Otelo, no Rei Lear, se estorcem nas grandes crises das suas paixões sobrehumanas, traduzindo, ampliadas até ao grandioso, todas as modalidades de afectividade, cessariam de constituir a galeria das personagens shakespearianas. 

Há, é certo, lendas e lendas, tradições e tradições: umas sublimes, outras grotescas. Estas são efémeras, aquelas eternas. Basta como exemplo da indestrutibilidade destas últimas o da lenda heróica da Grécia.

A vitalidade das tradições lendárias, ou quási lendárias, depende essencialmente de dois requisitos. É necessário que o objecto a que se referem se imponha pela sua grandeza à admiração contemplativa de todos os tempos. É-o igualmente que a própria tradição, nos diversos factores que a constituem, seja adequada a esse objecto. As tradições pertencem ao folclore, há nelas, preponderante, um elemento estético; e toda a obra de arte precisa, antes de mais nada, de ser bem equilibrada.

Quanto à grandeza gigantesca de Camões, e à da assombrosa epopeia marítima que culminou na formação do vasto império português do século XVI, estão acima de qualquer discussão. Resta apenas ponderar se Macau, esta exígua península portuguesa do Mar da China ligado ao distrito chinês de Heong-Shan, tem qualidades que a recomendem para assim andar associada à memória dessa epopeia e à biografia do poeta sublime que a cantou. 

Ora essas qualidades tem-nas Macau como nenhum outro ponto do globo. Macau é o mais remoto padrão da estupenda atividade portuguesa no Oriente, nesses tempos gloriosos. Note-se que digo padrão, padrão vivo: não digo relíquia. Há, com efeito, padrões mortos. São essas inscrições obliteradas em pedra, delidas pelas intempéries e de há muito esquecidas ou soterradas, que os arqueólogos vão pacientemente exumando e penivelmente decifrando, tão lamentavelmente melancólicas como as ressequidas múmias dos faraós.

A fatalidade do determinismo histórico fez que a colonização portuguesa quási exclusivamente se desenvolvesse a dentro dos trópicos, e, com exclusão de Macau, todas as colónias portuguesas, ou ex-portuguesas de clima relativamente temperado são situadas no hemisfério austral. Assim[,] é Macau a única terra do ultramar português em que as estações são as mesmas da Metrópole e sincrónicas com estas. 

É a única em que a Missa do Galo é celebrada em uma noite frígida de Inverno; em que a exultação da aleluia nas almas religiosas coincide com o alvoroço da Primavera – Páscoa florida com a alegria das aves novas ensaiando os seus primeiros voos; em que a comemoração dos mortos queridos tem lugar no Outono. Mais ainda: em Macau é fácil à imaginação exaltada pela nostalgia, em alguma nesga de pinhal, menos frequentada pela população chinesa, abstrair da visão dos prédios chineses, dos pagodes chineses, das sepulturas chinesas, das misteriosas inscrições chinesas, destacando a cada canto em retângulo[s] de papel vermelho, das águas amarelas do rio e da rada, onde deslizam as lentas embarcações chinesas de forma extravagante, com as suas velas de esteira fantasmáticas, e criar-se, em certas épocas do ano e a certas horas do dia, a ilusão de terra portuguesa. Quem estas linhas escreve teve, por várias vezes, (há quantos anos isso vai!), deambulando pelo passeio da Solidão, a ilusão, bem vivida apesar de pouco mais duradoira que um relâmpago, de caminhar ao longo de uma certa colina da Beira Alta, muito familiar à sua adolescência.

Ora a inspiração poética é emotividade, educada, desde a infância e com profundas raízes no húmus do solo natal. É por isso que os grandes poetas são em todos os países os supremos intérpretes do sentimento étnico. Toda a poesia é[,] em certo sentido, bucolismo; o bucolismo e regionalismo são tendências do espírito inseparáveis. Notáveis prosadores (basta lembrar, dentre os contemporâneos, Lafcádio Hearn, Wenceslau de Moraes e Pierre Loti) têm celebrado condignamente os encantos dos países exóticos. Poeta, nenhum. Os poucos que vagueiam e se definham por longínquas regiões, se acaso escrevem em verso, é sempre para cantar a pátria ausente, para se enternecerem (os portugueses) ante as ruínas da antiga grandeza da pátria e, sobretudo para dar desafogo à irremediável tristeza que os punge. E se na reduzida obra poética colonial desses escritores – Tomás Ribeiro, Alberto Osório de Castro, Fernando Leal (este último nascido na Índia, mas nem por isso menos exilado ali, português como era pelo sangue e pela educação) – se encontram dispersos alguns traços fulgurantes de exotismo, é só para tornar mais pungente pela evocação do meio hostil de inadequado pela sua estranheza à perfeita floração das almas – a impressão geral da tristeza – da irremissível tristeza de todos os exílios. 

Veio toda esta divagação a propósito de dizer que ainda é Macau a única terra de todo o ultramar português, em que se pode ter, até certo ponto, a ilusão de se estar em Portugal, essencial ao exercício por portugueses da sua especial atividade imaginativa... Para concluir contra toda a tradição e contra toda a evidência histórica, que tenha sido escrita ou concebida em Macau uma parte considerável da vastíssima obra poética de Camões? Seria verdadeira loucura.

O génio de Camões alimentado embora exclusivamente da seiva que trouxera da Pátria – da imagem viva da sua paisagem, da lembrança minuciosa e fiel dos seus costumes, da sua história, das suas lendas, das suas crenças, da sua cultura científica e literária – tem pujança bastante para triunfar dos meios mais adversos, para resistir aos mais implacáveis factores de perversão e de atrofia. As suas composições são datadas (indiretamente datadas) dos mais diversos pontos e dos mais inclementes climas – da África e da Ásia[,] por onde no século XVI se estendia o imenso império português e se despendia a exuberante energia da raça portuguesa. Muitas das obras primas do seu lirismo, das mais tipicamente nacionais pelo acentuado tom elegíaco de que estão impregnadas, brotaram na Índia do seu coração saudoso; e uma delas, das mais comoventes e das mais conhecidas, nasceu entre essa penedia sinistra da costa do Mar Vermelho; dessas nuas penedias incandescentes, que escaldam os pés a quem ali desembarca e parecem[,] vistas a certa distância, formadas de escumalha de ferro.

Mas a terrível acção depressiva do clima e do ambiente físico e social dos países tropicais, se não tiveram poder contra a assombrosa vitalidade criadora do poeta máximo, têm-no, todavia, não só para esterilizar em cada um de nós outros, os pigmeus que a quatro séculos de distância o contemplamos, o pouco de aptidão versificadora que algum tivesse, mas ainda para destruir, mesmo nos melhor[es] dotados, a comezinha parcela de imaginação de que é indispensável dispor quem intente evocar a estatura do gigante, o seu esbelto perfil e a sua figura augusta. E, pois que Macau, não só pelas suas condições climáticas mas também como mais remoto padrão da acção portuguesa na Ásia, é o palmo de terra mais próprio para essa evocação se fazer, natural é que, à semelhança do que sucedia com os mais célebres santuários pagãos, situado cada um deles em terra ilustrada por algum episódio da vida da]divindade a que era dedicado, seja em Macau o santuário nacional – pan-lusitano – consagrado ao génio do poeta, e que a Macau a biografia deste particularmente se refira.

É a Gruta de Camões, com o seu cenário irremediavelmente mesquinho – mas suscetível, apesar disso, de correcção em muitos dos seus defeitos –, esse lugar sobre todos prestigioso, dedicado ao culto de Camões, que é também o culto da Pátria. Culto e prestígio que não podem extinguir-se enquanto houver portugueses; e enquanto não se extinguirem, há de ser verdade intuitiva, superior a todas as investigações históricas, que o maior génio da raça lusitana sofreu, amou, meditou, em Macau, aqui tendo composto, em grande parte, o seu poema imortal, e que o local predileto aos devaneios do seu espírito solitário era essa colina, então erma, sobre o porto interior, junto das penhas com aparência de dólmen em cujo vão foi colocado há anos o seu busto, de proporções reduzidas, fundido em bronze.

Macau, junho de 1924
CAMILO PESSANHA













Camilo Pessanha, 1867-1926



In: 
  • "Macau e a gruta de Camões", in A Pátria [semanário], Macau, 7.07.1924.
Reprodução em:
  • Contemporânea, 5.ª série, nº3 (jul-out. 1926), 116-118.
  • Camões nas Paragens Orientais: textos por Camilo Pessanha e Venceslau de Morais. -  opúsculo. - Ed. Petrus, 1927.
  • Camões nas paragens orientais. - Camilo Pessanha e Venceslau de Morais. S.l.: s.n., 1951.
  • Macau e a gruta de Camões. - [Camilo Pessanha]. Macau: Imp. Nacional, 1972.
  • Camões nas Paragens Orientais: textos por Camilo Pessanha e Venceslau de Morais. - Reedição anastática do opúsculo editado por Petrus em 1927. Macau: Fundação Macau e Instituto Internacional de Macau, 1999.





Para saber +

  • RIBEIRO; Eduardo (2020) Camões em Macau: uma verdade historiográficaPref. João Paulo Oliveira e Costa. 2.ª ed., “revista e atualizada”. Lisboa: Mythus de Er. - [1.ª ed., Lisboa: Labirinto de Letras, 2012].
  • RIBEIRO; Eduardo (2018) Camões no Oriente e outros textos. 2.ª ed., Lisboa: e.a.. - [1.ª ed., Lisboa: Labirinto de Letras, fev. 2012].
  • RIBEIRO; Eduardo (2016) Camões in Asia (1553-1570). Lisboa: CCCM.
  • FRANCHETTI, Pauylo - Pessanha e a gruta de Camões. - Texto lido no colóquio “Camilo Pessanha: orientalisme, exil et esthétiques fin-de-siècle”, Universidade Paris Oeste/Nanterre, nov. 2008. - São Paulo: USP.
  • BOTAS, João - [...], in Macau Antigo: a blog about Old Macau.









2021/08/01

Representações da "gruta de Camões" numa exposição do Museu de Arte de Macau





A Gruta de Camões, 1957
Autoria: Lui Shou-kwan (1919 – 1975)

Pioneiro do "Movimento da Nova Tinta" em Hong Kong, Lui Shou-kwan criou na década de 50 uma série de trabalhos a tinta e a cores com o tema da paisagem de Macau. Usou tinta elegante e leve para criar uma atmosfera tranquila e lírica na Gruta de Camões, criando poesia visual.
_____________

賈梅士洞
呂壽琨 (1919 – 1975)
設色紙本,壓鏡
1957
41 x 54 cm










A Gruta de Camões na Exposição do Festival

Museu de Arte de Macau

até 26 de setembro de 2021


Hoje é aniversário da morte do poeta português Luís de Camões (c. 1524-1580). Diz-se que viveu em Macau durante dois anos e escreveu a famosa epopeia Os Lusíadas debaixo da gruta do Jardim Luís de Camões. A estátua de bronze existente na gruta foi fundida em 1866 por Lourenço Caetano Marques, um rico empresário português, que remodelou e embelezou a gruta várias vezes para comemorar o destino popular do grande poeta. 
A Fundação Oriente, junto ao Jardim, foi originalmente a villa ajardinada do rico empresário português Manuel Pereira, que esteve arrendada à Companhia Britânica das Índias Orientais para instalar um escritório em Macau. Esse casarão também já foi a sede do Museu Camões e as suas coleções foram posteriormente incorporadas no Museu de Arte de Macau (MAM). Muitas das obras que retratam a paisagem em torno da Gruta de Camões estão agora expostas na "Estrada para Henan[?] - Exposição do Acervo do Museu" organizada pelo MAM.
Aproveitando hoje o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades de Língua Portuguesa, vamos apreciar as belas paisagens desenhadas pelos pintores que chegaram à Gruta de Camões há mais de cem anos, e sentir a alegria de viajar em Henan[?].
MAM, Mensagem (adaptada) no Facebook, 10 de junho de 2021




【從節日看展覽―—賈梅士洞】


今天是葡萄牙詩人賈梅士(Luís de Camões,約1524-1580)的忌日。據說他曾居澳兩年,在白鴿巢公園的石洞下創作著名敘事詩《盧濟塔尼亞人之歌》(又名《葡國魂》)。洞內現存的銅像是1866 年由葡籍富商馬葵士(Lourenço Caetano Marques)出資鑄造,他曾多次對石洞進行改造和美化,以紀念這位偉大詩人,賈梅士洞遂成當時西方遊客的熱門景點。

白鴿巢公園旁邊的東方基金會,原是葡萄牙富商俾利喇(Manuel Pereira)的花園別墅,曾租給英國東印度公司設立澳門辦事處,也曾經是賈梅士博物院的所在地。賈梅士博物院的藏品,後來由澳門藝術博物館接收珍藏,當中有不少描繪賈梅士洞一帶景色的作品,現正於藝博館舉辦的“豫遊之道──藝博館館藏展”展出。

趁著今天的葡萄牙日、賈梅士日暨葡僑日,一起欣賞百多年前慕名來到賈梅士洞的畫家們筆下的美景,感受豫遊之樂。

“豫遊之道——藝博館館藏展”

展覽日期:即日起至2021年8月29日

開放時間:上午10時至晚上7時(下午6時30分後停止入場)

     逢周一休館,公眾假期照常開放

公開導賞:逢周六、周日及公眾假期下午3時至4時,4時15分至5時15分
地  點:澳門藝術博物館三樓,新口岸冼星海大馬路
門  票:免費入場
查  詢:(853)8791 9814
網  址: www.MAM.gov.mo










Busto do Poeta no Jardim Luís de Camões, 1945
Autoria: George Smirnoff (1903-1947)
aquarela
22,6 x 29,3 cm

George Smirnoff chegou a Macau na Primavera de 1944. O Dr. Pedro José Lobo, responsável pela Direção dos Serviços de Economia de Macau, encomendou-lhe obras. Entre as 63 pinturas de paisagens de Macau que comprou ao artista e que doou ao governo de Macau, encontra-se esta da Gruta de Camões, em que tão bem soube captar os jogos de luz e sombra, usando tons claros para sugeiri uma atmosfera simultaneamente poética e pitoresca .
______________

賈梅士花園賈梅士像
史密羅夫 (1903 – 1947)
水彩
1945
22.6 x 29.3 cm





Vista de Macau a partir do Monte da Fortaleza, 1852
Thomas Watson (1815-1860)
Aquarela, lápis e sépia sobre papel, 19.8 cm x 27.4 cm
17/12/1852
Aqui pode ver-se a entrada principal do Jardim, o edifício de dois andares da Fundação Oriental e a vulgarmente chamada gruta de Camões, que arderam com o tufão de 1874.
______________

從大炮臺俯瞰澳門景色
托馬斯.屈臣 (1815 – 1860)
紙本水彩、鉛筆、墨水
17/12/1852
20 x 28 cm





Porto Interior de Macau, c.1850
Autoria: Thomas Watson (1815-1860)
Lápis e tinta sobre papel
17,3 x 25 cm

O esboço de Thomas Watson mostra uma vista a partir do Jardim à beira-mar até à Igreja de Santo António. O Dr. Watson veio para Macau em 1845 e foi médico, aluno e amigo de Chinnery.

______________

此畫乃是來自蘇格蘭的托馬斯.屈臣(Thomas Watson)醫生的素描,畫面同樣是從白鴿巢海邊望向聖安多尼堂,此一位置應是畫家們取材的好地點。三三兩兩的漁民為畫面增添了生活感。
屈臣醫生1845年到澳門,是錢納利的醫生、學生和朋友。其作品主要以開闊的景象和淡雅的技巧表現,屈臣在熱愛錢納利繪畫風格的同時,仍保有個人對繪畫風格的追求。
______________

澳門內港
托馬斯.屈臣 (1815 – 1860)
紙本鉛筆、墨水
c. 1850
17.3 x 25 cm




A "Gruta de Camões" no Jardim Luís de Camões em Macau, c.1843
Autoria: Thomas Allom (1804-1872)
Colorida à mão
12,7 x 19 cm
______________

澳門白鴿巢公園賈梅士洞
繪畫:托馬斯.阿羅姆 (1804 – 1872)
製版:森美.佈雷蕭
凹版─鋼板、雕凹線法、手工著色
c. 1843
12.7 x 19 cm





A Gruta de Camões no Parque do Ninho das Pombas Brancas, 
atualmente designado Jardim Luís de Camões, c. 1837
Autoria: Edmond Bigot de la Touanne (1796-1863)
Litografia, 26 x 18,5 cm

A jovem americana Harriett Low Hillard visitou o Jardim Luís de Camões em 1829, descrevendo-o elogiosamente no seu diário:
 "É muito aberto, com muitos caminhos sinuosos. Pode ver-se o mar claramente; também se pode subir a montanha e ver enormes rochas e árvores...
 Outro lugar é a gruta onde o famoso poeta Camões escreveu Os Lusíadas, e há um busto dele na gruta... É um local natural. erelaxante."
______________

年輕的美國姑娘哈麗特‧洛(Harriett Low Hillard)於1829年參觀白鴿巢花園,她在日記中讚道:“它非常開闊,有多條蜿蜒小徑。可以清楚地看到大海,你還能爬到山上,看到巨大的岩石和樹木。……另一處在石洞裡,赫赫有名的賈梅士寫下了《盧濟塔尼亞人之歌》,山洞內安放著他的一尊半身像。……這是一處充滿野趣且讓人心曠神怡的地方。”
而這幅度安納(Edmond Bigot de la Touanne)所畫的賈梅士洞,細緻地勾勒巨石組成的洞穴,木製中式六角亭建在石洞上,洞旁廣植竹樹,洞前有正在交談的洋人和華人,他們指向洞內的石碑。畫的下方寫著Grotte du Camoens, dans le jardin de M. Pereira a Macao,意為“澳門俾利喇花園中的賈梅士洞”。
______________

白鴿巢公園賈梅士洞
度安納繪畫
比薩博亞製版
平版─石版
約1837
26 x 18.5 cm





Vista a partir do Jardim Luís de Camões para a Igreja de Santo António, 1814
Autoria: James Watson (1751-1828)
Coloração manual
14,8 x 22,3 cm

A rubrica abaixo da pintura diz:

Macau, com a Igreja de Santo António, do Jardim de Camões
______________

白鴿巢公園(賈梅士公園)景致
原作:詹姆士.沃森 (1751 – 1828)
製版:詹姆士.克拉克
凹版─銅板、飛塵法蝕刻手工著色
1814
14.8 x 22.3 cm





Gruta de Camões, 1814
Original: James. Watson (1751-1828)
Fabricação de pratos: James. Clark
Chapa de cobre-rotogravura, gravura em pó, coloração à mão
1814
14,3 x 21,8 cm Ver menos

A Gruta de Camões era originalmente formada pelo empilhamento natural de três enormes rochas. 
Um pavilhão foi construído na pedra superior da gruta. 
Do lado esquerdo da mesma, subia-se as escadas até ao pavilhão para contemplar a vista panorâmica de Macau. 
Naquela época, chamava-se o Pavilhão do Ninho dos Pombos.

______________

賈梅士洞原為三塊巨石自然堆叠而成,洞頂石上曾建一亭,由石洞的左側拾級登上亭子可遠眺澳門全景,當時被稱為鴿巢亭。

白鴿巢公園賈梅士洞
原作:詹姆士.沃森 (1751 – 1828)
製版:詹姆士.克拉克
凹版─銅板、飛塵法蝕刻、手工著色
1814
14.3 x 21.8 cm





Vista da Igreja de São Paulo, 1788
Autoria: John Weber (1751-1793)
Impressão: desconhecido
Placa de cobre de rotogravura?, método de ranhura gravada, colorida à mão
27,5 x 38,5 cm

No lado direito desta pintura está o Jardim Luís de Camões, onde se encontra a "Gruta" de Camões
 A rubrica da pintura, em baixo, diz:

View in Macao
Including the residence of Camoens, when he wrote his Lusiads
______________

聖保祿教堂後山遠眺
原作:約翰.韋伯 (1751 – 1793)
印製:不詳
凹版─銅版、雕凹線法、手工著色
1788
27.5 x 38.5 cm







1973/04/15

CAMONISTA - Eduardo Ribeiro













Eduardo Ribeiro junto da réplica do mais antigo globo terrestre chinês, executado na China em 1623 (Coleção da British Library, Londres) durante o colóquio China/Macau: Viagens, Peregrinações e Turismo, org. CCCM, 2014.



Eduardo Alberto Correia Ribeiro, n. em 15.04.1948
Camonista, magistrado, advogado, jurista, investigador.
*
Licenciado pela faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, em 1972.
Nasceu em Moçâmedes, Angola, onde viveu cerca de 24 anos (1948-58, 1962-66, 1973-82); residiu em Macau 28 anos (1985-98, 2000-2014) e vive atualmente em Portugal. A sua vida profissional, muito diversificada, estendeu-se, pois, de África ao extremo Oriente (Macau).
Em março de 2006 publica no jornal diário de Macau Ponto Final o artigo “Camões nas partes da China. Obviamente, em Macau”. Desse ano em diante dedicar-se-ia ao estudo da vida e obra de Luís de Camões com uma abordagem centrada na sua biografia oriental.
Para além dos muitos artigos, comunicações e palestras, destacam-se as três obras: Camões em Macau: uma verdade historiográfica (2012, reeditada em 2020), Camões no Oriente e outros textos (2012, reeditada em 2018) e Camões in Asia (1553-1570) (2016), obra em língua inglesa “com uma súmula da investigação do Autor sobre a historicidade de Camões em Macau”. Leiam-se infra alguns comentários à sua obra, por parte de um grande amigo e também do reconhecido camonista Vítor Aguiar e Silva.


"[...] fiquei ciente do seu empenhamento na pesquisa camoniana, com foco na demonstração historiográfica da estada de Camões em Macau. A pesquisa começou com uma polémica em jornal local e continuou no livro Camões em Macau, que em Lisboa foi reeditado e publicado em versão inglesa para venda no estrangeiro [Camões in Asia, 2016].

Esta mudança de tempo e geografia gerou uma pergunta intrigante de resposta escorregante: que relação há, se há, entre a judicatura profissional e a devoção historiográfica quanto à estada de Camões em Macau e o mais de atinente biografia? Afinal há uma relação, sim: O juiz averigua a verdade e julga com base nas teses e antíteses das partes fazendo a síntese (verdade epistémica dos autos); o historiador averigua a verdade do passado com ela presenteando o público ledor, atual e futuro"

Miguel Faria de Bastos, no Proémio a O Som das Nossas Vozes: uma memória angolana (1972-1982), 2021, de Eduardo Ribeiro. 

 



"Bem documentada e inteligentemente argumentada, é obra que ficará na história dos estudos camonianos como contributo relevante para o conhecimento da vida de Camões nas partes do Oriente, para o conhecimento de alguns aspectos da sua obra poética escrita durante esses largos anos. Mas não se restringe o interesse do seu estudo a esse período da vida e da obra do Poeta - o título não faz justiça à amplitude da obra -, porque as suas informações, reflexões e plausíveis conjeturas sobre Camões após o seu regresso a Lisboa, em 1570, em particular sobre a edição de Os Lusíadas, merecem uma leitura atenta."

Vítor Aguiar e Silva, carta (excerto) enviada ao autor de Camões no Oriente e partilhada na página do Facebook do escritor.  






CAMONIANA












Camões em Macau: uma verdade historiográfica

Eduardo Ribeiro

2.ª ed., “revista e atualizada”.

Lisboa: Mythus de Er, 2020.

Pref. João Paulo Oliveira e Costa.





  • Camões e a China: o que terá o Poeta Luís de Camões, nos dois anos que estanciou em Macau, China (1562-1564), sabido do Império do Meio, a China Ming, e que eventual impacto terá tido esse conhecimento na sua obra? – Palestra, em Lisboa, na Sociedade de Geografia - Secção Luís de Camões, 18.10.2019.
  • Camões em Macau. – Palestra, em Portela, na Universidade Sénior, 22.10.2019.
  • Diogo do Couto e os trabalhos de Sísifo: a importância da “Década VIII da Ásia” para a biografia oriental camoniana. – Palestra, em Lisboa, na Sociedade de Geografia - Secção Luís de Camões, 15.03.2019.













Camões no Oriente e outros textos

Eduardo Ribeiro

2.ª ed., Lisboa: e.a., out. 2018.

1.ª ed., Lisboa: Labirinto de Letras, fev. 2012.





[A enumeração dos 6 textos que se seguem está de acordo com a ordenação dada pelo autor na coletânea de ensaios Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa, 2018:]


I. Roteiro cronológico de Camões no Oriente, Labirintos, revista eletrónica do Núcleo de Estudos Portugueses da UEFS, Bahia, Brasil, vol. 5, 2009. – reprod., com o título Roteiro cronológico de Camões no Oriente (1553-1570), em Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa: e.a., 2018, p. 23-63.

II. A Pena de Camões, a espada e a caldeirinha, Labirintos – Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos Portugueses da UEFS, Bahia, Brasil, vol. 4 (2.º semestre de 2008). – reprod., com o título A Pena de Camões num reino de colusão entre a espada, a caldeirinha e a pimenta, em Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa: e.a., 2018, p. 65-156.

III. Camões “nas partes da China”, Labirintos – Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos Portugueses da UEFS, Bahia, Brasil, vol. 3 (1.º semestre de 2008). – reprod., com o título Camões ‘nas partes da China’ (1562-1564), em Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa: e.a., 2018, p. 159-184.

IV. Camões e a Grande Muralha da China, primeira versão, Tribuna de Macau, Macau, 15.04.2010; “versão final, revista e aumentada”, Labirintos – Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos Portugueses da UEFS, Bahia, Brasil, vol. 8, n.º 2 (2.º semestre de 2010). – reprod. em Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa: e.a., 2018, p. 187-204.

V. 1513, o ano em que tudo começou ou a ilha da veniaga desvendada, Ponto Final, Macau, 5.06.2009. – reprod. em Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa: e.a., 2018, p. 207-211.

VI. Camões e o baralho de cartas: pequena dissertação sobre a insustentável incerteza do estar (ou ter estado) em Macau, Tribuna de Macau, Macau, 10.06.2008. – reprod., com o título O baralho de cartas camoniano, em Camões no Oriente e outros textos, 2.ª ed., Lisboa: e.a., 2018, p. 213-222.

Referências bibliográficas, p. 224-231.
Bibliografia do Autor, p. 232-235.




  • Camões e a China, comunicação, in Diálogos Interculturais Portugal-China 1– Atas. – Aveiro: UA Editora, nov. 2018. – [Congresso Internacional, Aveiro, Instituto Confúcio da Univ. de Aveiro, 15-17.02.2017].
  • Apresentações sobre o tema na Casa Memória de Camões em Constância, em jan. 2018; na Biblioteca Municipal Marquesa do Cadaval de Almeirim, em fev. 2018.
  • A historicidade da presença de Camões em Macau. – Palestra, proferida em Lisboa, na Sociedade de Geografia, 17.11.2017; repetida na Casa-Memória de Camões em Constância, 17.12.2017 [v. também aqui], e na Biblioteca Municipal Marquesa do Cadaval de Almeirim, 28.02.2018.













Camões in Asia (1553-1570) 

Eduardo Ribeiro

Lisboa: Centro Científico e Cultural de Macau, 2016.

Edição em Lisboa em 2016 e lançado em março de 2017.
Igualmente lançado em Macau, em 20.05.2018, na Sala Stanley Ho do Clube Militar de Macau, RAEM.





  • A tradição e a historicidade do estanciamento de Camões em Macau, Revista Oriente/Ocidente, Instituto Internacional de Macau, n.º 32 (2015), p. 28-33.
  • Viagem de Camões ao Oriente. – Palestra, Lisboa, na FLUL, 23.02.2015, org. FLUL e o Círculo Europeu da FLUL.
  • A grande viagem de Camões até à China. – Comunicação, Colóquio Internacional CHINA/MACAU: viagens, peregrinações e turismo, Lisboa, Centro Científico e Cultural de Macau, 13 a 15.10.2014. – [Foram publicadas as Atas do encontro].
  • Presença de Camões em Macau: tradição e historicidade. – Palestra, in Seminário de Estudos Sobre Macau, Lisboa, na FCSH – UNOVA, 3.06.2014.

 
  • Camões em Macau: uma verdade historiográfica. Texto, coord. e rev. Eduardo Ribeiro. Lisboa: Labirinto de Letras, 2012. / 2.ª ed., 2020.
  • Camões no Oriente: coletânea de textos. Lisboa: Labirinto de Letras, fev. 2012. / 2.ª ed., 2018.
  • Roteiro Cronológico-Sentimental de Camões antes departir para o Oriente, Labirintos – Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos Portugueses da UEFS, vol. 9, 2011. – (“Enviado mas não publicado por interrupção da publicação da Revista”).
  • Camões na China, Macau. – palestra, in Colóquio Camões pelo Mundo, Constância, na Casa Memória de Camões,3.07.2011.
 
  • A língua de Camões, Hoje Macau, Macau, 20.12.2010, Supl. especial do 11.º aniversário da RAEM.
  • Camões e o Mostrengo Adamastor: um poeta sepultado vivo nos Penedos do morro de Patane, Tribuna de Macau, Macau, 10.06.2010.








Camões e Macau

verbete, redigido em 2016, por Eduardo Ribeiro

in DITEMA – Dicionário Temático de Macau
Macau: Universidade de Macau, mar. 2010, 
vol. I, p. 249-253.





  • Os "Penedos de Camões em Macau, Labirintos – Revista Eletrônica do Núcleo de Estudos Portugueses da UEFS, Bahia, Brasil, vol. 7, n.º 1, 2010.
  • Luís Vaz de Camões: um património desperdiçado, Hoje Macau, Macau, 10.06.2009.
  • Camões e a busca dos trunfos perdidos, Hoje Macau, Macau, 10.06.2008.

  • Camões na periferia de dois impérios: "... verdades puras são, e não defeitos...", Ponto Final, Macau, 8.06.2007, ed. especial de 10 de junho.










Camões em Macau: uma certeza histórica


Eduardo Ribeiro

Macau: Edições COD, 22.11.2007.




  • Atenas: o primeiro pilar da identidade europeia (os 2514 anos da primeira democracia no mundo) [em duas partes], Ponto Final, Macau, 29 e 30.05.2007.
  • Camões: um poeta na periferia de dois impérios, Ponto Final, Macau, Supl. especial de 10.06.2006.
  • A passagem dos francos (Cheng Ho e “1421”; os Árabes, o Islão e Yunnan; o Índico, Vasco da Gama e Ibn Majid; “os experimentados” e o “canal de entrada”) [estudo publicado em cinco partes sucessivas], Ponto Final, Macau, 24 a 28.04.2006.
  • Lusíadas ainda em Macau. Obviamente, Camões com eles, [texto publicado em cinco partes] Ponto Final, Macau, 3, 4, 5, 7 e 10.04.2006.
  • Camões nas partes da China. Obviamente, em Macau, Ponto Final, Macau, 17.03.2006.






Eduardo Ribeiro, autor de Camões em Macau, de visita a Paços de Ferreira






Para saber +