2024/01/02

Un polígrafo portugués en la monarquía hispánica: Manuel de Faria e Sousa (1590-1649)



Capa concebida a partir de 
gravura desenhada por Francisco Gómez de la Reguera e talhada por Juan de Noor. 
In: Francisco Moreno Porcel - Retrato de Manuel de Faria y Sousa, 1650.


 Un polígrafo portugués en la monarquía hispánica: Manuel de Faria e Sousa (1590-1649) 

Edição de Aude Plagnard e Joseph Roussiès

Madrid: Calambur, 2023. 

– 456 p.; 1.ª ed. – 6.07.2023.
Col. Biblioteca Litterale, n.º 39 




"Manuel de Faria e Sousa (1590-1649) dá-nos um exemplo marcante da escrita poligráfica nos tempos modernos. Emulador dos mais canónicos adeptos da escrita múltipla, como Francisco de Quevedo e Francisco Manuel de Melo, tinha a ambição explícita de se afirmar como um ator-chave na república ibérica das letras da sua geração. 

Caneta emblemática de sua época? 

Foi sem dúvida, apesar da sua marginalidade, porque, nascido no bairro do Porto e criado no seio da literatura portuguesa, compôs a maior parte da sua obra em espanhol e publicou quase toda ela em Madrid, participando assim no multilinguismo e na as circulações autoritárias características da península. 

Foi-o, igualmente, porque o seu percurso social o levou de secretário de vários nobres portugueses ao serviço da monarquia hispânica à categoria de autor com todos os títulos: prolífico historiógrafo, prolixo e inventivo poeta lírico, erudito comentador de um reverenciado Camões. 

Como destacou seu admirado Lope de Vega, “sua tentativa foi mostrar-se capaz de escrever em todos os estilos: e conseguiu”. Com estas múltiplas estratégias de escrita, perseguiu um propósito duplo e obsessivo: promover a fama da sua nação, Portugal, agindo perante o público de língua espanhola como passador, barqueiro de ideias para a corte da monarquia composta; desenvolver na vida algumas estratégias elaboradas e avassaladoras de autopromoção destinadas a elevar seu próprio trabalho à categoria de monumento para a posteridade. 

Por isso, oferece-nos um observatório inusitado da consciência do estatuto autoral naquela primeira modernidade. Exploramo-lo nesta monografia coral e bilingue, tal como o foi o trabalho de Faria e Sousa."

Texto da contracapa (tradução livre para português)







ÍNDICE GERAL

Introducción: Un polígrafo en tiempos de la monarquía dual / Aude Plagnard.
Catálogo de textos que implican la autoría de Manuel de Faria e Sousa / Aude Plagnard y Joseph Roussiès.

SECCIÓN 1. VOCES PLURALES: ESTRATEGIAS DE CO-AUTORÍA
1. O empréstimo poético nas Divinas y humanas flores (1624) / Simon Park.
2. A mão do outro autor: o Imperio de la China / Adma Muhana.
3. “La poesía pintada”: as gravuras de Pedro de Villafranca e o escólio impresso de Faria e Sousa a Os Lusíadas / Hélio J. S. Alves.
4. El papel del manuscrito en la construcción autorial del «portugués que más ha escrito» / Aude Plagnard.

SECCIÓN 2. EPITOMIZACIÓN DE LA HISTORIA PATRIA: FUENTES Y ESTRATEGIAS IMITATIVAS
1. Revisitar a Asia Portuguesa: génese e fontes de um projecto historiográfico / Rui Manuel Loureiro.
2. A construção de um singular ‘modo de historiar’ na Europa Portuguesa / Paulo Silva Pereira.

SECCIÓN 3. CONSTRUCCIONES CANÓNICAS Y POLÉMICAS LITERARIAS
1. Un Parnaso mínimo en madrigales, ejemplo de poética práctica / Joseph Roussiès.
2. La censura de las Anotaciones herrerianas por Manuel de Faria e Sousa / Silvia-Alexandra Ștefan.
3. Faria e Sousa, comentador de Garcilaso y crítico de Herrera / Maria do Céu Fraga.
4. Manuel de Faria e Sousa e Manuel Pires de Almeida, polemistas e comentadores d’OsLusíadas / Isabel Almeida.

SECCIÓN 4. ESTRATEGIAS DE SELF-FASHIONING Y CONSCIENCIA AUTORIAL
1. Oprobios de servidumbre: Manuel de Faria y el Marqués de Castelo Rodrigo (1624-1634) / Santiago Martínez Hernández.
2. O mapa da Fortuna / Mauricio M. Nishihata.
3. Para una poética del patriotismo: un autor entre España y Portugal / Valentín Núñez Rivera.
4. Biografía y edición en Faria y Sousa. El Retrato por Moreno Porcel y las estrategias de consagración / Pedro Ruiz Pérez.
5. La rueda de la mala fortuna: Faria e Sousa y la poética de la angustia / Jonathan Wade.

Bibliografía general

I. Fuentes archivísticas
II. Manuscritos e impresos antiguos
III. Ediciones modernas de obras antiguas
IV. Bibliografía crítica