O dia em que nasci moura e pereça:
nos 500 anos de Camões (1524-1580)
Organização:
Sinopse:
"Celebram-se, em 2024, os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, cuja data, na verdade, mereceu dúvidas entre os camonistas. Um raro e estranho livro de Mário Saa, Memórias Astrológicas de Camões, põe como hipótese a data de 23 de janeiro para o nascimento do poeta. A leitura de três sonetos onde a figuração do sujeito ganha outra dimensão se lida à luz dessa publicação – “O dia em que nasci moura e pereça”, “Enquanto quis Fortuna que tivesse” e “Tanto de meu estado me acho incerto” – é, no fundo, o tema desta conferência.
Seguindo as leituras propostas por, entre outros, Jorge de Sena, Aguiar e Silva e Rita Marnoto, o que se coloca como desafio é não só celebrar a efeméride, mas, sobretudo, sublinhar a originalidade desta voz fundadora da poesia portuguesa e a quem toda a literatura posterior ficou a dever uma maneira de dizer o eu e o mundo nas suas tensões e contradições íntimas. Contradições e tensões, em 2024, nossas."