Tu só, tu, puro amor:
comedia
de Machado de Assis (1839-1908)
Rio de Janeiro: [impresso por Lombaerts & C.], 1881
"Peça representada no Imperial Teatro de D. Pedro II,
em 10 de Junho de 1880"
VII, 71, [1] p. (18 cm)
é o nº 35 de uma tiragem de 100 exemplares | [PDF]
e está assinado por Machado de Assis.
Exemplar oferecido pelo autor à Biblioteca Nacional de Portugal.
Cota do exemplar digitalizado da BNP: cam-314-p | [PDF]
Ex. n.º 26 de uma ed. de 100 ex., rubricado pelo autor.
1.ª edição, na Revista Brasileira
“Tu só, tu, puro amor” / por Machado de Assis
Revista Brasileira [: Jornal de Literatura, Teatros e Indústria],
Rio de Janeiro, tomo 5 (1880), p. 31-70.
Reedição facsimilada:
Tu só, tu, puro amor... : comédia / Joaquim Maria Machado de Assis
Facsímile da ed. Rio de Janeiro: Lombaerts & C.ia, 1881
Apresentação Plinio Doyle; estudo crítico Gilberto Mendonça Teles.
Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1980.
20, 71, [3] p. (17 cm)
Reedição em 2011:
Tu só, tu, puro amor... / Machado de Assis
Prefácio de Francisco Maciel Silveira, Professor da FFLCH-USP
Coleção Teatro em Língua Portuguesa | 57 p. (14,8x21,0)
São Paulo: Todas as Musas, 2011.
Os amores palacianos de Camões e de D. Catarina de Ataíde
"A composição que ora se reimprime foi escrita para as festas organizadas, nesta capital, pelo Gabinete Português de Leitura, no tricentenário de Camões, e representada no teatro de D. Pedro II
O desfecho dos amores palacianos de Camões e de D. Catarina de Ataíde é o objecto da comédia, desfecho que deu lugar à
subsequente aventura de África, e mais tarde à partida para a Índia, de onde o poeta devia regressar um dia com a imortalidade nas mãos.
Não pretendi fazer um quadro da corte de D. João III, nem se se o permitiam as proporções mínimas do escrito e a urgência da ocasião. Busquei, sim, haver-me de maneira que o poeta fosse contemporâneo de seus amores, não lhe dando feições épicas, e, por assim dizer, póstumas."
Machado de Assis
na Advertência, 1881
"o amor subsiste,
longe ou perto, na morte ou na vida,
no mais baixo estado, ou no cimo das grandezas humanas,
não é assim?
Deixai-me crê-lo, ao menos;
deixai-me crer que há um vínculo secreto e forte,
que nem os homens, nem a própria natureza poderia já destruir.
Deixai-me crer..."
Camões,
personagem da peça
ARGUMENTO
"Os rumores correm na Corte de que Camões e Catarina estão apaixonados. D. António de Lima, nobre austero, aborrece-se com o falatório.
Por artimanha de D. Manuel e D. Francisca, Camões e Catarina conseguem encontrar-se a sós no palácio, e declaram ardente paixão de um pelo outro.
Contudo, o poeta Caminha surpreende o casal. Assustada, Catarina revela o encontro secreto ao inimigo de seu amado. Ela faz Caminha prometer que não revelará nada a seu pai, mas ele apenas promete não contar nada espontaneamente, recusando-se a calar caso fosse questionado.
D. António realmente indaga a Caminha, que revela tudo. Irritado, o pai de Catarina consegue do rei que Camões seja expulso."
Imagem em Imagens literárias urbanas (2005) de Nincia Teixeira.
O Imperial Teatro de D. Pedro II, inaugurado em 1871, foi um importante palco
para espetáculos de ópera e peças de teatro, incluindo as de Machado de Assis.
Foi rebatizado de Teatro Lírico após a Proclamação da República.
para saber +
Tu, só tu, puro amor | Wikipédia
Redação: 14.12.2025





