2024/10/11
A receção de Camões pelos lusófilos europeus
2024/10/03
Seminário Internacional Sôbolos Rios que Vão, na Universidade das Ilhas Baleares
Sôbolos Rios que Vão
Seminário Internacional - Luís de Camões: V Centenário
Organização:
PROGRAMA
3 OUT. 2024
12h00 - Pausa
4 OUT. 2024
12h10 - Pausa
para saber +
2024/09/17
Para celebrar Vasco da Gama e Camões
A Lisboa de 1524
organização:
"Vasco da Gama: da morte à imortalidade"
“Nunca louvarei / O Capitão que diga: «Não cuidei».” Vasco da Gama nOs Lusíadas"
para saber +
2021/06/13
Por um Cancioneiro Musical de Luis de Camões, seminário por Fábio Vianna Peres
GRUPO DE INVESTIGAÇÃO POÉTICAS EM LÍNGUA PORTUGUESA (PLP)
(No âmbito do projeto de investigação “Reescrever o séc. XVI”)
“Cantar Camões”
Por um Cancioneiro Musical de Luis de Camões
Fábio Vianna Peres – São Paulo/Brasil
Seminário online
11 / junho / 2021
11h-13h (hora de Portugal continental) / 7h-9h (hora do Brasil)
Contacto: micaelar@ilch.uminho.pt / dircehum@ilch.uminho.pt
"A produção poético-musical portuguesa quinhentista foi conservada em quatro cancioneiros de mão. Estes são os únicos documentos que trazem, além da poesia, música escrita. Apesar do número relativamente pequeno de documentos musicais diante da imensa produção poética do período, podemos afirmar que a poesia em redondilhas e em especial aquela escrita nas formas fixas da cantiga, do vilancete e do romance, tinham carácter musical e eram entoadas musicalmente no contexto da vida cortesã quinhentista.
Em um destes cancioneiros, o de Paris, é possível identificar alguns motes musicados que são coincidentes com motes glosados por Camões, reunidos já na primeira edição de suas Rythmas, em 1595.
A partir de concordâncias identificadas entre as redondilhas de Luis de Camões com o material poético musical do Cancioneiro de Paris, é possível propor a criação de um Cancioneiro Musical com a obra do poeta.
Com a premissa de que existe uma musicalidade inerente à vocalização dos versos em redondilha, propomos a utilização de material musical proveniente dos cancioneiros musicais portugueses quinhentistas para dar uma “voz musical” a outras voltas escritas por Camões.
A pesquisa se materializa em um programa de concerto intitulado “Cantar Camões”, que traz voltas escritas pelo poeta adaptadas a melodias dos cancioneiros de Paris e Elvas."
Capela Ultramarina, “Cantar Camões”
Fábio Vianna Peres, nota biográfica
Fábio Vianna Peres é natural de Niterói, no Rio de Janeiro, e vive em São Paulo desde 1997.2020/05/15
Reescrever o séc. XVI : As cartas em prosa de Camões e a questão do baixo amor - Seminário online
«As cartas em prosa de Camões e a questão do baixo amor»
Resumo:
Algumas notas, após participação no seminário
Márcia Arruda Franco é Professora Doutora da Universidade de São Paulo e, como camonista, colabora com o CIEC da Universidade de Coimbra, redigiu o verbete “O cânone literário português e Camões” para o Dicionário de Luís de Camões (2011) e a sua produção ensaística tem valorizado Sá de Miranda, Camões, Garcia de Orta, o Renascimento português. Entre outros projetos, integra e co-coordena a equipe USP do projeto multidisciplinar da parceria USP-UMINHO – Reescrever o século XVI. É no contexto deste Projeto que agora se apresenta este Webinar.
Márcia Arruda Franco começou por referir a necessidade de regressar aos “arquivos” para contar outra história, descontínua, também através de testemunhos como as cartas. Embora estejam bastante estudadas as cartas em latim, do século XVI, havendo até tratados acerca das regras de escrita das mesmas, o mesmo não se passa com as de Camões, defende.
leitor da(s) carta(s) deverá proceder a uma decifração da ambiguidade do discurso: onde estão configuradas e zombadas as mulheres venais, que se prestam também a práticas sádicas de modo a despertar o desejo sexual nos seus clientes, poderá também encontrar-se o retrato satírico dos agentes da Santa Inquisição; determinados termos remeter-nos-iam para entidades perseguidas, como os judeus. A “língua baixa” utilizada nestes textos, para além de ser o cantar de Eros camoniano, estará também ao serviço da denúncia política, do caricaturar dos inquisidores da época.
Do mesmo modo, o estilo baixo utilizado por Camões nas cartas, ou seja, o seu glosar epistolar do “baixo amor”, mostra “um lado menos oficial do poeta, à margem daquele canonizado pela história literária e nos currículos escolares”, em consonância com o “Retrato de Camões na prisão” (1556?), atribuído a Fernão Vaz Dourado, datado de cerca de três anos após a chegada do Poeta à Índia. Um poeta recluso e em pobreza, embora “com as regalias de um letrado, a escrever Os Lusíadas”, diz. À margem na vida, marginal também na escolha dos temas para as suas composições epistolográficas. Textos privados e, todavia, com uma divulgação ou eventual circulação pública, o que a investigadora denomina de “publicações escribais”.