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2024/10/11

A receção de Camões pelos lusófilos europeus




"Os lusófilos europeus no panorama finissecular: tradução e intercâmbios"

SEMINÁRIO


11 a 25 OUT. 2024 | Na FLUL, Edifício da Biblioteca - Sala 112.D

O Seminário é gratuito e aberto à comunidade, 
não estando sujeito a inscrição prévia.

Mais informações: mpinto6@edu.ulisboa.pt

Organização: 

MOV (grupo LOCUS) do Centro de Estudos Comparatistas 
em articulação com o Programa em Estudos Comparatistas








"O Seminário "Os lusófilos europeus no panorama finissecular: tradução e intercâmbios" decorre entre 11 e 25 de Outubro de 2024 e está organizado em seis sessões, que serão orientadas por Andrea Ragusa (Universidade de Parma). 

Está focado nos intercâmbios entre intelectuais e escritores de língua portuguesa e os “lusófilos” (ou “lusitanophilos”, como lhes chamava Teófilo Braga) europeus. 

Depois de uma definição geral da matéria de estudo, será aprofundada a relação entre o Centenário camoniano de 1880 – ironicamente definido “santanário” na altura – e a redescoberta de Camões pela Europa fora, fenómeno paralelo ao surgimento de inúmeras edições e versões em outras línguas, tanto do poema como da lírica. 

A seguir será abordada a tendência “poliglota” desses lusófilos e a sua produção tradutológica, também em relação com as correspondências epistolares. 

A última parte do seminário será dedicada aos principais tradutores italianos na viragem entre os séculos XIX e XX (Cannizzaro, Teza, Padula, Peragallo) e à sua produção, com atenção especial para a análise textual da tradução italiana (inédita) de Os Simples de Guerra Junqueiro, realizada pelo erudito siciliano Tommaso Cannizzaro."











para saber +


Seminário "Os lusófilos europeus no panorama finissecular: tradução e intercâmbios" - 1ª e 2ª Sessões


in Plataforma 9









Redação: 14.10.2024

2024/10/03

Seminário Internacional Sôbolos Rios que Vão, na Universidade das Ilhas Baleares

 

Sôbolos Rios que Vão

Seminário Internacional - Luís de Camões: V Centenário


3-4 OUT. 2024 | Das 10h00 às 14h00

Auditório do edifício Ramon Llull
Universidade das Ilhas Baleares, Palma de Maiorca, Espanha

Organização:

Cátedra Mário Cesariny | U. Ilhas Baleares – Camões I.P.
em colaboração com a Cátedra Poesia e Transcendência | U. Católica do Porto












Assinalando o V Centenário do nascimento de Luís de Camões,
encontro reunirá investigadores vindos de Espanha e de Portugal 
e resulta de uma iniciativa promovida em conjunto 
com as áreas de Filologias espanhola e catalã, 
"indo ao encontro de uma dimensão universal e moderna 
que a literatura camoniana reclama."



PROGRAMA


3 OUT. 2024

10h00 - Abertura

10h30
Ponencia inaugural:
As personagens d'Os Lusíadas e as suas representações
por Carlos Reis 

11h30
Camões lejos del mármol
por Isabel Soler

12h00 - Pausa

12h15
Celebremos Camões!" - um programa de Leitura numa escola a Ler mais e melhor
por Maria Lucinda Polícia

12h45
Leitura de Poemas

13h30
Fim de jornada


4 OUT. 2024

10h00
Revisitar Luís de Camões
 por Perfecto Cuadrado Fernández

10h30
Lo abierto y lo cerrado: Dibujos de la imaginación emblemática de Camões a Francisco
Manuel de Melo
por Antonio Bernat Vistarini

11h10
Do labirinto com saudade: Camões visto por Eduardo Lourenço
por Rui Teixeira

11h40
Gabriel S. T. Sampol, Les traduccions de Camões en català
por Nicolau Dols

12h10 - Pausa


12h30
Camões no imaginário saudosista de Teixeira de Pascoaes: uma leitura de Os poetas lusíadas
por José Rui Teixeira


13h00
Recreaciones de los mitos de Os Lusíadas en el teatro de autores portugueses del Siglo de Oro
por Maria Rosa Álvarez Sellers

13h30
Fim de jornada














para saber +




in Plataforma 9, Congressos










Redação: 29.09.2024

2024/09/17

Para celebrar Vasco da Gama e Camões

A Lisboa de 1524 

1º SEMINÁRIO
 

17 SET. 2024 | às 18h00

No Palácio do Beau Séjour (Estrada de Benfica, 368) | em direto, no Facebook

organização:



Assinalando o V centenário do nascimento de Luís de Camões 
e o V centenário da morte de Vasco da Gama, 
o GEO desenvolveu um programa de iniciativas 
centrado na investigação e divulgação 
do estudo da cidade de Lisboa.









"Vasco da Gama: da morte à imortalidade" 

𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐌𝐚𝐧𝐮𝐞𝐥 𝐆𝐚𝐫𝐜𝐢𝐚
Academia Portuguesa da História e Academia de Marinha


“Nunca louvarei / O Capitão que diga: «Não cuidei».” Vasco da Gama nOs Lusíadas"

𝐈𝐬𝐚𝐛𝐞𝐥 𝐀𝐥𝐦𝐞𝐢𝐝𝐚 | FLUL






Gabinete de Estudos Olisiponenses | Facebook, 17.09.2024


















para saber +










Redação: 17.09.2024

2021/06/13

Por um Cancioneiro Musical de Luis de Camões, seminário por Fábio Vianna Peres


GRUPO DE INVESTIGAÇÃO POÉTICAS EM LÍNGUA PORTUGUESA (PLP)

(No âmbito do projeto de investigação “Reescrever o séc. XVI”)

“Cantar Camões”
Por um Cancioneiro Musical de Luis de Camões

Fábio Vianna Peres – São Paulo/Brasil

Seminário online

11 / junho / 2021

11h-13h (hora de Portugal continental) / 7h-9h (hora do Brasil)

Contacto: micaelar@ilch.uminho.pt / dircehum@ilch.uminho.pt

"A produção poético-musical portuguesa quinhentista foi conservada em quatro cancioneiros de mão. Estes são os únicos documentos que trazem, além da poesia, música escrita. Apesar do número relativamente pequeno de documentos musicais diante da imensa produção poética do período, podemos afirmar que a poesia em redondilhas e em especial aquela escrita nas formas fixas da cantiga, do vilancete e do romance, tinham carácter musical e eram entoadas musicalmente no contexto da vida cortesã quinhentista.

Em um destes cancioneiros, o de Paris, é possível identificar alguns motes musicados que são coincidentes com motes glosados por Camões, reunidos já na primeira edição de suas Rythmas, em 1595.

A partir de concordâncias identificadas entre as redondilhas de Luis de Camões com o material poético musical do Cancioneiro de Paris, é possível propor a criação de um Cancioneiro Musical com a obra do poeta.

Com a premissa de que existe uma musicalidade inerente à vocalização dos versos em redondilha, propomos a utilização de material musical proveniente dos cancioneiros musicais portugueses quinhentistas para dar uma “voz musical” a outras voltas escritas por Camões.

A pesquisa se materializa em um programa de concerto intitulado “Cantar Camões”, que traz voltas escritas pelo poeta adaptadas a melodias dos cancioneiros de Paris e Elvas."


Capela Ultramarina, “Cantar Camões”

Concepção, pesquisa, adaptações, arranjos e edições,
Fábio Vianna Peres

Fábio Vianna Peres, voz e vihuela
Roney Facchini, ator convidado
Carla Candiotto, direção cênica

Texto:
Soneto: “Amor, que o gesto humano na alma escreve”

Música:
“Na fonte está Leanor”
(Rimas, 1616, Segunda Parte, fls. 29v.-30)
Música “Na fonte está Lianor”, CMP, Fls. 119v-120






Fábio Vianna Peres, nota biográfica

Fábio Vianna Peres é n
atural de Niterói, no Rio de Janeiro, e vive em São Paulo desde 1997.
É músico e dedica-se à pesquisa e interpretação da música antiga segundo as práticas da interpretação historicamente informada. 
Nesse domínio, atua como cantor e instrumentista de cordas dedilhadas antigas - vihuela, guitarra de cinco ordens e teorba - com especial atenção ao repertório ibérico dos séculos XVI e XVII.
Criou a Capela Ultramarina, em 2000, ensemble focado na música dos cancioneiros portugueses quinhentistas e com o qual lançou o álbum “A cantar uma cantiga” (2019), com música do "Cancioneiro de Paris" escrita sobre poemas em língua portuguesa.
Integra também o Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e é Diretor Artístico Assistente da Orquestra Municipal de Jundiaí.




2020/05/15

Reescrever o séc. XVI : As cartas em prosa de Camões e a questão do baixo amor - Seminário online


Seminário Online, no âmbito do projeto de investigação - Reescrever o séc. XVI.

«As cartas em prosa de Camões e a questão do baixo amor»


Marcia Arruda Franco


14.05.2020, 15h-17h

Acesso/Inscrição, aqui.

Resumo:


Há quatro cartas em prosa que a crítica reconhece como tendo sido escritas por Camões e uma quinta que a tradição crítica lhe tem também atribuído, embora não os seus editores. 


O erotismo baixo das cartas, e sobretudo o da quinta carta inédita, não é bem aceite pelos críticos que insistem em ler o discurso epistolar exclusivamente na clave biografista. Entretanto, é possível, a partir de uma interpretação histórico-cultural, reler a alegada pornografia camoniana como discurso político. 

Neste seminário discutir-se-ão tais possibilidades e defender-se-á a proposta de proceder à edição da quinta carta em prosa juntamente às outras quatro, a partir de um estudo deste género epistolar nos códices manuscritos da BNP.



Algumas notas, após participação no seminário


Na quinta-feira, 14 de maio de 2020, pelas 15 horas de Lisboa e durante duas horas, cerca de meia centena de participantes, visionaram o seminário online, apresentado por  Micaela Ramon (CEHUM, UMINHO) e com a palestra de Márcia Arruda Franco (Sorbonne Nouvelle, Paris 3), dedicado às cartas em prosa de Luís de Camões e a temática do baixo amor como tema epistolográfico e histórico-cultural (no âmbito do projeto de investigação “Reescrever o séc. XVI”).




Márcia Arruda Franco é Professora Doutora da Universidade de São Paulo e, como camonista, colabora com o CIEC da Universidade de Coimbra, redigiu o verbete “O cânone literário português e Camões” para o Dicionário de Luís de Camões (2011) e a sua produção ensaística tem valorizado Sá de Miranda, Camões, Garcia de Orta, o Renascimento português. Entre outros projetos, integra e co-coordena a equipe USP do projeto multidisciplinar da parceria USP-UMINHO – Reescrever o século XVI. É no contexto deste Projeto que agora se apresenta este Webinar.




Márcia Arruda Franco começou por referir a necessidade de regressar aos “arquivos” para contar outra história, descontínua, também através de testemunhos como as cartas. Embora estejam bastante estudadas as cartas em latim, do século XVI, havendo até tratados acerca das regras de escrita das mesmas, o mesmo não se passa com as de Camões, defende.

De seguida, apresentou uma breve história da edição e recepção das cartas em prosa de ou atribuídas a Camões. Elas são cinco, começando deste modo: “esta vai com a candeia”, “Desejei tanto uma vossa”, “Üa vossa me deram”, “Quanto mais tarde vos escrevo”, “Por que nem tudo seja falar-vos de siso”.

De facto, no domínio do Estudos Camonianos, na valorização da epistolografia camoniana destacam-se José Maria Rodrigues, Álvaro Júlio da Costa Pimpão, Hernâni Cidade, Fiame Hasse Pais Brandão, Clive Willis, Fernando F. de Portugal, Helder Macedo e, com verbete no Dicionário de Camões, Isabel Almeida. 

A principal tese da investigadora parece fundar-se na possibilidade de interpretação de uma linguagem cifrada – já defendida por Fiama na sua leitura simbólica apresentada em “Linhas das cartas de Camões” (coligida in O labirinto camoniano e outros labirintos, 1985, 2.ª ed., 2007). O
leitor da(s) carta(s) deverá proceder a uma decifração da ambiguidade do discurso: onde estão configuradas e zombadas as mulheres venais, que se prestam também a práticas sádicas de modo a despertar o desejo sexual nos seus clientes, poderá também encontrar-se o retrato satírico dos agentes da Santa Inquisição; determinados termos remeter-nos-iam para entidades perseguidas, como os judeus. A “língua baixa” utilizada nestes textos, para além de ser o cantar de Eros camoniano, estará também ao serviço da denúncia política, do caricaturar dos inquisidores da época.




Do mesmo modo, o estilo baixo utilizado por Camões nas cartas, ou seja, o seu glosar epistolar do “baixo amor”, mostra “um lado menos oficial do poeta, à margem daquele canonizado pela história literária e nos currículos escolares”, em consonância com o “Retrato de Camões na prisão” (1556?), atribuído a Fernão Vaz Dourado, datado de cerca de três anos após a chegada do Poeta à Índia. Um poeta recluso e em pobreza, embora “com as regalias de um letrado, a escrever Os Lusíadas”, diz. À margem na vida, marginal também na escolha dos temas para as suas composições epistolográficas. Textos privados e, todavia, com uma divulgação ou eventual circulação pública, o que a investigadora denomina de “publicações escribais”.

Depois de apresentar a sua análise da quinta carta camoniana, Márcia Arruda Franco expressa o ensejo da sua edição conjuntamente com as outras quatro cartas em prosa já conhecidas, tal como a vontade de publicação dos outros documentos que tardam manuscritos nas miscelâneas coevas. Faz então um apelo, no final, para a constituição de uma equipa multidisciplinar que trabalhe e divulgue esses aquivos.


Vivam os Estudos Camonianos!