Fortuna, Caso, Tempo e Sorte:
biografia de Luís de Camões
biografia de Luís de Camões
Autoria de Isabel Rio Novo
1.ª edição, Lisboa: Contraponto, jun. 2024
Composição da obra:
728 págs.:
"Índice” geral, p. 7-8.
Epígrafes, p. 9:
citação de Luís de Camões (LC)
(contendo o verso camoniano aproveitado para o título da biografia escrita);
Francisco Alexandre Lobo (1848, problematizando a dicotomia História/ficção);
Visconde Juromenha (1860, ensaiar ir mais além nos estudos);
Faria e Sousa (1639, ter ânimo para prosseguir no projeto de escrita da biografia).
“Nota Prévia”, p. 11:
opção de “atualizar a grafia e modernizar a pontuação”.
Texto da BIOGRAFIA, p. 13-590 (= 577).
“Agradecimentos”, p. 591-593.
“Notas” finais aos 39 capítulos, p. 595-681 (= 86 p.).
“Bibliografia”, p. 683-720 (= 37 p.)
[1.] “Edições de obras de Luís de Camões”, p. 683-686;
[2.] “Fontes manuscritas para a biografia de Camões”, p. 686;
[3.] “Fontes impressas para a biografia de Camões”, p. 686-689;
[4.] “Estudos sobre a família, a vida e a obra de Camões”, p. 690-703;
[5.] “Fontes manuscritas sobre a época e contemporâneos de Camões”, p. 703;
[6.] “Fontes impressas sobre a época e contemporâneos de Camões”, p. 703-708;
[7.] “Estudos sobre a época e contemporâneos de Camões”, p. 708-718;
[8.] “Obras poéticas, ficcionais, literatura de viagens”, p. 718-719;
[9.] “Dicionários e obras de referência”, p. 719-720.
“Índice onomástico”, p. 721-727 (= 7 p.)
Estrutura do texto biográfico:
39 capítulos
N.º do capítulo | Título do capítulo | Página
Sumário
GALIZA-PORTUGAL
1. A casa da ave a que chamam camão | 13-28
- As origens galegas da família do Poeta.
COIMBRA
2. Vestígios da primeira idade | 29-47
- A data de nascimento, a naturalidade;
- os estudos e as brincadeiras da infância.
- A ida para Coimbra, na adolescência.
3. Mocidade florida | 49-62
- A mocidade em Coimbra: os estudos amparados pelo tio Bento e eventualmente os estudos universitários em Leis.
- Coimbra histórica e universitária.
4. A palma antre todos | 63-73
- A vida de estudante na Coimbra do séc. XVI.
- A estreia do dramaturgo com a escrita do “Auto dos Enfatriões”.
- A iniciação amorosa.
LISBOA
5. Terra nova e estranha | 75-85
- Mudança do jovem, com cerca de 18 anos, para Lisboa, capital do Reino e do império português. Os pais habitam na Mouraria.
6. Barca de vidro sem leme | 87-100
- Sem vocação religiosa, solteiro, Camões tenta “obter uma situação profissional”.
7. Inveja a toda a gente | 101-117
- Participação em serões culturais palacianos, os jogos amorosos (cortejar de damas) e os desafios em verso – Resposta de Camões ao mote de D. Francisca de Aragão. A atuação do Poeta desperta invejas e ciúmes; inimizades entre os seus pares.
- Dos palácios para as tabernas e bordéis.
- Representação da “Comédia d’El-rei Seleuco” (113-117).
8. Filodemo e Duriano | 119-132
- A duplicidade camoniana – vida cortesã/mundo das ruas, estilo popular/erudito, amor cortês/amores sensuais.
- O amigo dramaturgo de Camões, António Prestes (119-120).
- A correspondência epistolar de Camões e o submundo libidinoso da capital (120-124); este como inspiração da sua poesia (124-7) e do seu teatro (127-8).
- A vertente de “Duriano” do Poeta percecionada pelos contemporâneos (129-131).
9. Os laços que amor arma brandamente | 133-144
- Um amor impossível por uma dama do paço: as informações dos biógrafos (133-5);
- as damas do paço da rainha (135-7); os objetos e as circunstâncias desses amores (137-9); as histórias de amores (139-141);
- o desterro de Camões por causa de um amor inconveniente (142-4).
RIBATEJO
10. O áspero degredo | 145-157
- Desterro em terras ribatejanas (145-6): Santarém, ou Alenquer, ou Belver (146), ou Constância (na altura chamada “Punhete”) (147-8);
- “o seu itinerário sentimental”: em Constância (148-9), por uma dama do paço não nomeada (149), por D. “Caterina” de Ataíde, cujo anagrama será “Natércia” (149-153-5).
- Regresso a Lisboa, do degredo, e à vida noturna da capital, onde eventualmente contraiu a sífilis (156-7).
MARROCOS: CEUTA
11. O mal da ausência | 159-
- Reincidindo na mesma circunstância amorosa, Camões foi castigado com um segundo desterro (159-160): causas (160), data (161-5), antecedentes do degredo (161-2), o serviço militar em Ceuta (162-5).
- A presença portuguesa em Marrocos, a experiência de Camões (165-170).
12. O assopro da morte | 171-185
- A estreia militar em Ceuta: a viagem (171-2), a fortificação de Ceuta (172), a vida da população e dos soldados, as almogavarias (174-);
- textos escritos por Camões nesta situação (174-7);
- o uso de artilharia evoluída na guerra em África (177-9);
- Camões e a escrita sobre a guerra na sua obra,... (179-183);
- a perda de um olho (183-5); o uso de pala na iconografia camoniana (185).
LISBOA
13. Cara sem olhos | 187-202
- Regresso de Camões a Lisboa (187-8).
- Lisboa e as suas gentes na época (188-9).
- O jovem Camões desfigurado por uma deficiência física (189-191).
- Em 1950, Camões alista-se para a Índia, mas não chega a embarcar (192-3). O pai de Camões (193-4). Camões reincidiu na vida de boémia da capital (194-), envolveu-se numa rixa e é preso na cadeia do Tronco (197-202).
14. As mãos de ferro | 203-218
- As razões do incidente/crime de Camões (203-4);
- detenção e prisão do jovem (204-5);
- poemas camonianos alusivos ao cárcere (205-6);
- a prisão do Tronco de Lisboa e a vida de um prisioneiro (206);
- os acontecimentos que aconteceram no exterior enquanto esteve encarcerado (207- 9);
- o processo judicial (209-213);
- inscrição na Casa da Índia (214-5); preparativos para a partida e considerações sobre a sua situação (216-218).
PARTIDA PARA A ÍNDIA
15. A buscar outro mundo | 219-233
- A emigração para a Índia (219) e o envio de soldados para o Oriente (220-1); desde a frota de Vasco da Gama, em 8.07.1597, e a Rota do Cabo até à Carreira da Índia (221-223);
- a armada de Camões, em 1553 (223-): o incêndio da quarta nau, ainda no porto (223), a nau de São Bento em que segue Camões (223): a sua partida da praia do Restelo, a 24.03.1553 (223, 225); as despedidas (224-7); o enjoo (227); os pensamentos amargos, as tarefas rotineiras (228); a tripulação, os soldados em trânsito, os passageiros (228-9). “O itinerário do Gama confunde-se com o próprio percurso do Poeta” (229-230), o fogo de Santelmo (230), a tromba-d’água (231), uma tempestade na passagem do Cabo das Tormentas (232-3).
16. O começo da saudade | 235-248
- A vida a bordo das naus da Carreira da Índia: o começo da saudade (235); o tornear do Cabo e o uso de uma árvore-correio (235-6); a “rota por fora” da ilha de S. Lourenço, sem fazer escala na Ilha de Moçambique (236).
- A rotina da travessia (236-7): as mortes (236), a celebração da missa (236-7), a música tocada e cantada, os jogos do azar (237). Camões e o registo, de memória ou escrito n’Os Lusíadas, das novidades da viagem e do contacto com outras culturas (237-8). A escassez de alimentos e a fome (238-9). As doenças: causas (240), o escorbuto (240-1), a peste e outras maleitas (242). A vida dura dos marinheiros (242-3).
- A descrição desta realidade na obra do Poeta (243-4),
- o episódio de Fernão Veloso na baía de Santa Helena (244-5),
- as observações nos momentos desocupados (245-6).
- A etapa final da viagem de Camões, a chegada ao cais de Santa Catarina, em Goa, na Índia (246-8).
ÍNDIA: GOA
17. O outro mundo | 249-263
- A receção da nau no cais de Santa Catarina, em Goa (249);
- o desembarque dos companheiros de Camões, em menor número do que na partida (249-250); a condução dos doentes ao hospital de el-rei, cuidados e tratamentos (250-1).
- O Camões reinol. i.e., soldado acabado de chegar do Reino (251), os problemas de alojamento (251-2);
- vários parentes do Poeta no Oriente (252-3). “Depois de seis meses de viagem, Camões reincidia nos velhos hábitos” de folia (253); as ocasiões de convício intelectual, o recolhimento (253-4).
- História do estabelecimento e do governo do Estado da Índia: história (254-5);
- o império no tempo de Camões: marcas das vitórias (256-7), retratos dos primeiros vice-reis da Índia (257); Camões conhece a nova cidade, o “outro mundo” (257-8): as igrejas (258), as casas (258-9), a “velha Goa” (259), a Ribeira de Goa (259-260), o palácio dos vice-reis (260), o interior e os arrabaldes da cidade (260-23).
18. A desejada e longa terra | 265-276
- O choque cultural de um europeu em Goa: os hábitos alimentares (265); o sistema de castas (266); os costumes sexuais e as práticas de luto dos hindus (266-7); “um mundo compósito, marcado por tensões sociais, culturais e religiosas” (266-7); as estruturas governativas dos portugueses (267-8), os vice-reis e os governadores do Oriente português (168-9), o sistema de corrupção generalizado (269).
- A situação de Camões como soldado comum em Goa (169-270); a sua correspondência epistolar com um amigo em Lisboa (270-1), acerca das semelhanças dos dois mundos, do seu convívio folião com amigos em Goa, das mulheres indianas locais e das portuguesas de Goa (271-5).
- Uma épica contaminada pela dúvida (275-6).
COSTA DO MALABAR: REINO DO PORCÁ
19. As águas frias do Estige | 277-291
- A sua primeira participação, como soldado, numa expedição militar, nesta para aniquilar o rei da Pimenta (nov. 1553).
- O relato da tragédia do Sepúlveda.
Costa arábica: CABO GUARDAFUI / GOA
20. A espada e a pena | 293-308
- Participa numa segunda expedição militar, agora contra os turcos.
- Notícia da morte do jovem D. António de Noronha e do príncipe herdeiro, D. João.
- Durante a governação de Francisco Barreto é representado o “Auto do Filodemo”.
- A vida difícil de soldado.
21. Disparates da Índia | 309-323
- A “perdição” de Camões “na China” em 1555 (309-310) – Pero Mariz como fonte e o silêncio de alguns contemporâneos e cronistas (310-312).
- O itinerário do serviço militar de Camões: o Poeta como soldado, participando em expedições militares (312);
- a vocação da escrita (dado à pena), mas habituado à profissão militar (apenas feito às armas) (312-3);
- a denúncia da realidade desonrosa do Oriente (313-4).
- Uma carta do Oriente (314): uma reflexão sobre a melancolia (314), as relações de Camões com o novo governador, Francisco Barreto (315);
- umas trovas satíricas começam a circular por Goa (315-6); a crítica social (316-7); segue-se outra sátira no tom dos “Disparates da Índia (317-8) retratando a sociedade goesa e Camões fica ensarilhado e é preso (318-9);
- um “retrato” do Poeta na prisão do Tronco de Goa, (320-3).
22. A pena do desterro | 325-339
- Na sequência das suas zombarias, “por pena e degredo” (325), o Poeta segue na armada do sul que partiu de Goa, levando na nau capitaina D. João Pereira, despachado como capitão de Malaca (326).
- Camões em Malaca (326), as Molucas (326-7) e Ternate onde nesta ilha passa bastante tempo (328-331).
- Duarte de Eça assume funções de capitão da fortaleza de São João Batista de Ternate, onde desembarcou em novembro de 1557; por ser de uma ambição e crueldade desmesuradas (332) este terá provocado a guerra luso-ternatesa, em que Camões participou (332-3).
- Com o novo vice-rei, Camões regressa a Goa, antes do inverno de 1560 (333-4).
- A governação de D. Constantino de Bragança (334-5); a instalação do Tribunal do santo Ofício e a atuação da Inquisição (335-67).
- Camões dedica uma epístola em 20 oitavas a D. Constantino de Bragança, em que lhe pede emprego (337-9).
23. Banquete de trovas | 341-353
- Camões encontra no novo vice-rei, D. Francisco Coutinho, um protetor (341-2) e um amante das letras (342).
- Quando o Poeta esteve preso devido a uma dívida de jogo contraída com um tal Miguel Roiz, o “Fios Secos”, pediu ajuda ao vice-rei, Conde do Redondo (343-6).
- Camões vive “um período de tranquilidade e relativa abastança” (346-7). Compõe o “Banquete de trovas” que consiste num “Convite que Luiz de camões fez na Índia a certos fidalgos...” (347-353).
24. Uma ocupação | 355-369
- Camões apadrinha a obra de Garcia de Orta.
- Camões é nomeado “provedor mor dos defuntos”.
CHINA: MACAU
25. O regimento do mundo | 371-382
- Itinerário de Camões de Malaca a Macau em 1562 (371-2);
- Macau como entreposto comercial internacional (372-3);
- chegada em finais de julho (373); a cidade de Macau (373-3); a população (374-5).
- Camões dispões de condições para escrever a sua epopeia (375).
- Semelhança nas épocas de celebração das festividades sagradas (375).
- Subida regular de Camões à colina de Patane, um miradouro privilegiado (375-6); a “Gruta de Camões” usada pelo Poeta para escrever, os documentos que o comprovam (376-8).
- Camões e a companheira Dinamene, uma moça chinesa: a documentação sobre o seu fim trágico; o seu nome e a sua proveniência (378-9).
- Mudanças na governação de Goa (380-1); Camões é destituído das suas funções de provedor dos defuntos e acusado de mau desempenho, regressando a Goa (380-2).
RIO MEKONG / GOA
26. Uma esperança em vista de diamante | 383-397
- Naufraga junto à foz do Rio Mekong no regresso a Goa. (demorará c.2 anos)
- É julgado e considerado culpado de apropriação dos bens dos defuntos.
- Decide regressar a Portugal.
MOÇAMBIQUE: A ILHA DE MOÇAMBIQUE
27. A dura Moçambique | 399-411
- Pero Barreto Rolim, nomeado capitão-mor de Sofala, pagou a viagem de Camões até Moçambique. Lá chegados, quando lhe pediu um pagamento, este como não tinha com que lhe pagar, ficou retido na ilha.
- Aí viverá durante quase dois anos, miseravelmente. Valeram-lhe a escrita e amizade de uns quantos.
PARTIDA DE MOÇAMBIQUE
28. Outra vez acometendo os duros medos | 413-426
- Com a ajuda de Amigos, que se cotizaram para lhe pagar os custos da viagem, Camões empreende o seu regresso a Portugal.
- Vai acompanhado de António, um javanês.
CHEGADA A PORTUGAL: CASCAIS, LISBOA
29. A ditosa pátria amada | 427-438
- A viagem de regresso a Lisboa: a nau Santa Clara esperou 20 dias pelas outras na ilha de Santa Helena e, em março de 1570, estacionou também na ilha Terceira, nos Açores (427).
- Em 7 de abril, as naus entram por Cascais, no rio Tejo, tendo morrido de doença Heitor da Silveira (428). Aí, a sua espera prolongar-se-á devido a Lisboa estar assolada por uma terrível peste (428);
- Lisboa nos finais do séc. XVI (429) e a peste (429-432).
- Diogo do Couto é o primeiro a desembarcar e levará as cartas com as notícias do Oriente a Almeirim, onde se refugiara o Rei (432-3).
- Camões só desembarcará em junho, na Ribeira das Naus (433).
- A estranheza do regresso para Camões: as mudanças nele e nos outros (433), a devastação causada na cidade pela epidemia (433-4).
- Camões terá apresentado ao rei o seu requerimento de uma mercê pelos anos de serviços prestados na Índia (434-5). Foi nomeado feitor de Chaul, não tendo assumido essa feitoria (436), a qual foi transformada em tença remuneratória pelo rei como recompensa pelos serviços prestados (437).
- Camões e Diogo Couto, soldados “práticos” que denunciam a decadência do Império português do Oriente (437-8).
30. Maravilha fatal | 439-450
- A casa onde viveu (439-441), visita assídua no Convento de são Domingos (441), a conclusão e revisão de “Os Lusíadas” (442-443).
- D. Sebastião e “a complexidade da situação política nacional” (443-450).
31. Entre todos escolhido | 451-468
- O projeto de publicar “os Lusíadas” (451-2);
- os escritores da sua época e o desejo de compor um poema épico moderno (452-459);
- encontrar patrocínio (um mecenas) e obter as licenças para a impressão da sua epopeia (459-468);
- leitura (resumo) de “os Lusíadas” por D. Manuel de Portugal (462-467).
32. Os versos deleitosos | 469-481
- O Alvará régio autorizando a impressão da epopeia, em 24.09.1571, e as outras licenças (469-479); Camões, frei Bartolomeu Ferreira, a censura e o conteúdo de “Os Lusíadas” (473-9);
- o manuscrito dá entrada na oficina do impressor António Gonçalves (479-480).
33. Cousas que juntas se acham raramente | 483-492
- A publicação de “Os Lusíadas” (483-4); as variantes de cada exemplar (484-8); a receção próxima, o perfil e as intenções do autor da obra (489-492).
34. Que triunfos? Que palmas? Que vitórias? | 493-505
- Alvará de 28.07.1572 que lhe concede a mercê de cavaleiro fidalgo e uma tença anual, tendo Camões que provar que residia em Lisboa (493-5); justificação da tença (494), processo da sua atribuição (495-6), valor da mesma (496-7), regularidade de pagamento (497-8).
- Reações de apreço ao livro, por leitores da nobreza descendente das personagens-heróis do poema, ou nele ausentes, e por outros escritores através do seu próprio silêncio em textos e paratextos (498-505)
35. O nome, o braço, a musa | 507-520
- A vida de Camões após a publicação da sua epopeia;
- D. Sebastião e a política guerreira;
- continuação da construção dos Jerónimos transformados em panteão da monarquia;
- é pintado o retrato de Camões (511-515),
- faz uma “petição em favor de uma mulher nobre encarcerada na cadeia do Limoeiro” (516-520).
36. Esperanças e presságios | 521-536
- Camões e Pêro de Magalhães Gândavo (521-4).
- O rei D. Sebastião e as relíquias do santo homónimo; assinalando o evento, Camões compõe um poema em oitavas que dedica ao rei (524-7);
- requereu o prolongamento da sua tença por novo triénio, obtendo-o (528);
- as condições de vida do autor de “Os Lusíadas” (527-530);
- anos agitados por acontecimentos nefastos antes da expedição de D. Sebastião ao Norte de África (531-6).
NORTE DE ÁFRICA: ALCÁCER QUIBIR / LISBOA
37. Anos, mudanças e danos | 537-552
- A expedição a Alcácer Quibir: preparativos (537-542); derrota (542-3); reações e consequências em Portugal (543-5).
- Os último anos de vida do Poeta “amargurados pela doença, pela miséria e pelo desalento (546);
- compõe, por encomenda, as redondilhas “Sôblos rios que vão” (546-7);
- a religiosidade (548), a melancolia (549) , “o problema da sobrevivência” (550-2).
38. A morte, que da vida o nó desata | 553-571
- A crise dinástica e a sucessão ao trono (553-4);
- Camões compõe um soneto dedicado a D. Teodósio de Bragança (554-5);
- a última carta em prosa do Poeta para o capitão-general da Comarca de Lamego (556-7);
- a morte de Camões: causa (557-8), local onde faleceu e onde foi enterrado (558-9), frei José Índio (560-3), o Mosteiro de Santa Ana (563), o enterro e a sepultura de Camões (564-7), o dia da sua morte (567-8).
- Quando Filipe I entra em Portugal pergunta pelo Poeta (569-570).
- A mãe de Camões requere para si a transmissão da mercê da tença que fora concedida ao filho (569), a qual recebe mais duas vezes (570-1).
39. Ninguém, que nisso enfim se torna tudo | 573-590
- “A sua obra ia ganhando vida”: as primeiras traduções espanholas (573); os primeiros comentários à epopeia (574-5); as reedições de “Os Lusíadas” (575-6); a primeira publicação de dois autos camonianos e das “Rimas” (577); a receção da poesia de Camões (577-8) e o seu espólio (578-9); as primeiras biografias (579);
- a perceção do Poeta pelos seus contemporâneos: Diogo Bernardes (579-580), etc., uma paródia da épica por estudantes da Universidade de Évora (580-1) e da lírica pelo abade barcelense Tomé Tavares Carneiro.
- A iconografia camoniana, a sua descrição física e o seu caráter, o “quadro mental” de “um homem da sua época” (581-5).
- Camões, um ser de exceção e de síntese que viveu numa época extraordinária (588-590).
para saber +
in Luís de Camões - Diretório de Camonística
Redação: 17.05.2025