“As plantas na obra poética de Luís Vaz de Camões”
EXPOSIÇÃO
Aguarelas de Ursula Beau
17 jun. a 31 jul. 2024 | Inauguração: às 16h30
No Colégio de São Bento, Coimbra
Organização:
DCV - Departamento de Ciências da Vida
com a colaboração da Sociedade Broteriana e o Jardim Botânico
da Universidade de Coimbra
Palavras de boas vindas pelo
Prof. Miguel Pardal
Diretor do DCV, UC
às 17h | No Colégio de São Bento, Coimbra
Apresentação da exposição e palestra
“Especiarias, aloés e outras plantas em Camões”
por Jorge Paiva (DCV) e Rita Marnoto (FLUC)
às 13h15 | no Jardim Botânico
Sprint botânico "Plantas Camonianas"
O dia da inauguração da mostra incluiu também
um sprint botânico onde os participantes viajaram "pela flora lírica e épica de Camões",
como explicou João Farminhão (JBUC), o guia da visita.
A partir da coleção de aguarelas de Ursula Beau (1906-1984)
doadas à Sociedade Broteriana / DCV da U. Coimbra,
foram selecionadas 13 aguarelas de plantas que estão mais mais relacionadas com
as referidas na obra camoniana, n’ Os Lusíadas e na Lírica.
Compementarmente, os investigadores
Ana Margarida Dias da Silva, Maria Teresa Gonçalves e Jorge Paiva
associaram o trecho poético onde a planta é glosada,
com a indicação do nome científico, do nome vulgar e do nome utilizado pelo poeta.
Será ainda exposto um conjunto de especiarias referidas por Camões.
"De acordo com Jorge Paiva, professor aposentado do DCV/FCTUC, «na época camoniana, as plantas mais conhecidas e citadas na literatura não eram as plantas comestíveis ou ornamentais, mas sim as plantas medicinais». Os Lusíadas foram escritos, quase na totalidade, no Oriente e centram-se nos Descobrimentos, logo, as plantas asiáticas, particularmente as medicinais e as especiarias, surgem em maior destaque. A Lírica, maioritariamente escrita em Portugal e centrada no amor e na paixão, refere plantas europeias, particularmente as suas flores.
Como Camões viveu a sua grande paixão durante os 13 anos que esteve em Coimbra (1531- 1544), de onde partiu aos 20 anos, a maioria das plantas referidas na Lírica são plantas dos campos do Mondego, que refere também, saudosamente, n’ Os Lusíadas, no episódio de “Inês de Castro” (Canto III, 118-135) e no episódio da “Ilha dos Amores” (Canto IX, 18 – X, 95).
«Não é fácil determinar com exatidão todas as plantas citadas por Camões na sua obra (Épica e Lírica), pois a maioria das vezes refere-as de forma poética e utilizando, como o próprio afirma, derivações com extraordinários malabarismos linguísticos», acrescenta Jorge Paiva.
“As plantas na obra poética de Luís Vaz de Camões”
in Sociedade Broteriana, Notícias, 15.04.2024
para saber +
Sara Machado
in Universidade de Coimbra, Notícias, 13.06.2024
in Sociedade Broteriana, Notícias, 15.04.2024
in Diário de Coimbra [online], 18.06.2024
in Luís de Camões - Diretório de Camonística, 10.05.2024
Redação: 22.06.2024